Plano de Lutas prevê combate ao retrocesso e cobra mudanças na economia

O Plano de Lutas e Deliberações foi aprovado na manhã de quinta-feira (12), por unanimidade, durante a VI Plenária da Confederação Nacional do Ramo Químico da Central Única dos Trabalhadores (CNQ-CUT), realizada em Cabreúva-SP.

O documento é formado por 57 pontos que dão as diretrizes para as ações de trabalhadores e trabalhadoras do setor em todo o país até 2017, quando ocorrerá o próximo congresso nacional da confederação.

O Plano de Lutas e Deliberações recebeu contribuição das forças políticas e das mulheres do ramo químico. Entre os principais pontos apresentados estão o endurecimento da disputa contra as correntes políticas de direita e a articulação para mudanças na política econômica do governo Dilma Rousseff. Ações para o fortalecimento de movimentos sociais, políticas afirmativas para minorias e ampliação de reforma agrária e urbana também constam no documento. Além disso, os trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico decidiram lutar pela saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB) da Presidência do Congresso Nacional.

A CNQ-CUT contemplou, ainda, bandeiras do movimento sindical de proteção e melhorias de condições do emprego, como valorização do salário mínimo, defesa do direito de greve, fim do fator previdenciário e da terceirização e manutenção dos empregos do setor.

O documento mencionou em vários pontos a Petrobras, maior empresa do Brasil que passa por sérios problemas envolvendo a Operação Lava Jato e planos de desinvestimento. Os dirigentes reafirmaram o seu compromisso de luta por uma estatal 100% pública e pela lei de partilha do petróleo da camada pré-sal. (Wladimir D’Andrade/CNQ)