Trabalhadores aprovam acordo na AGC e salários terão aumento real

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Vidreiros e vidreiras na empresa AGC do Brasil aprovaram proposta de aumento real nos salários de até 5,5%. O novo acordo foi aprovado durante assembleia dos trabalhadores realizado pelo Sindicato dos Vidreiros do Estado de São Paulo na entrada dos três turnos da empresa, nos dias 8 e 9 de junho.

A conquista só foi possível graças à luta dos trabalhadores e das trabalhadoras, que participaram das várias assembleias convocadas pelo Sindicato.

Devido aos baixos salários da AGC, o Sindicato e a Comissão dos Trabalhadores protocolaram na empresa uma pauta pedindo 10% de aumento real para todos os trabalhadores e as trabalhadoras. Na semana passada, a direção da empresa aceitou discutir os pontos contidos na pauta.

Depois de muitas reuniões, chegou-se a um acordo que prevê que 351 trabalhadores, que recebem os salários menores, terão 5,5% de aumento, 138 trabalhadores, com os salários intermediários, vão receber 4%, enquanto que 84 trabalhadores, com os salários maiores, terão 1,5% de aumento.

A empresa também se comprometeu a garantir o horário de refeição de todos os trabalhadores e trabalhadoras. O Sindicato havia recebido denúncias de que alguns encarregados e líderes de setores têm obrigado vidreiros a trabalharem na hora da refeição e, em troca, recebiam lanches. Outra demanda em discussão diz respeito aos trabalhadores que exercem função de periculosidade e que não recebem por isso. O Sindicato segue negociando esse ponto com a empresa.

O Sindicato parabeniza a unidade dos vidreiros e das vidreiras, que garantiu esses avanços e demonstra força junto aos patrões durante as negociações. Mas é preciso seguir avançando para que seja possível alcançar outros patamares de direitos, além de enfrentar o cenário da política nacional, que é de ataques aos trabalhadores.

Foi também a união da categoria que garantiu, nos últimos tempos, o aumento no vale-alimentação na AGC em janeiro, um avanço no valor da PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados), bem como uma Campanha Salarial vitoriosa no final do ano, com reajuste salarial em 10,96%, com reposição da inflação.