90 anos do Sindicato

  • Foto direção300

    Nesta quarta-feira, 18, o Sindicato dos Vidreiros no Estado de São Paulo comemora 90 anos de fundação. Para marcar a data, uma solenidade política será realizada na sede da CUT, no Brás, a partir das 10h.

    Para a atividade, estão previstas a participação de lideranças sindicais, políticos, representantes da base da categoria e antigos dirigentes que ajudarão a relembrar fatos marcantes do Sindicato.

    A entidade está entre os sindicatos mais antigos do país, participando dos principais momentos da história do Brasil e do mundo, cobrando eleições livres para presidente e celebrando a chegada de um operário – Lula – ao poder. A entidade denunciou o golpe contra Dilma, os ataques aos direitos feitos por Temer e resistimos ao desastre do governo Bolsonaro, com pandemia fora de controle e a volta da fome. 

    Ao longo desse tempo, o Sindicato sempre esteve dialogando com o trabalhador e a trabalhadora na porta da fábrica, denunciando situações precárias, condições de exploração, assédios e de riscos à saúde e à segurança. E foi assim que a categoria conquistou uma Convenção Coletiva forte, que é atualizada a cada ano, além da construção de importantes patrimônios, como a sede própria, subsedes, a Colônia de Férias e o Sítio dos Vidreiros.

    Desde 1933, a entidade compreende a importância da unidade na luta e, ao lado de outras categorias, participou de greves nacionais, atos e mobilizações. Dessa forma, lutou pela criação da Carteira de Trabalho, jornada de trabalho, salário mínimo, 13º, licença-maternidade e muitos outros direitos. Fundamos o Dieese, importante instrumento de dados, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), uma das mais poderosas centrais sindicais do mundo, e a Confederação do Ramo Químico (CNQ).

    Fundação

    Com a criação do Ministério do Trabalho, em 1930, na Era Vargas, veio a regulamentação dos sindicatos operários e patronais no Brasil. Muitas entidades de defesa dos trabalhadores, que já existiam de maneira clandestina, passaram a ser oficializadas. No caso dos vidreiros, a categoria já se organizava há muito tempo, por meio de associações e grupos locais, inspirados nos movimentos anarquistas da Itália. Mas foi em 1933, no dia 18 de janeiro, que foi criada a União Sindical dos Vidreiros de S. Paulo, em assembleia que ocorreu na primeira sede social da entidade, na Avenida Celso Garcia, nº 384, no Brás, tendo como primeiro presidente João Marchioni.

    Convenção Coletiva forte

    Uma das maiores conquistas da categoria vidreira no estado de São Paulo é a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), documento que possui 70 cláusulas que devem ser cumpridas e respeitadas pelos patrões. A Convenção trata sobre direitos e questões específicas da categoria, como o valor do dissídio salarial, indenizações e benefícios. Ela é fruto de intensa negociação junto aos empresários e discutida intensamente com os trabalhadores e as trabalhadoras todos os anos. Em 2023, ela vem atualizada trata de inclusão de trabalhadores com deficiência, LGBTQIA+, respeito às mulheres e combate à violência de gênero. A CCT garantiu que, mesmo com a maldosa reforma Trabalhista, feito pelo golpista Michel Temer, a categoria foi uma das poucas a não ser atingida com o trabalho intermitente, por exemplo.

  • Arte 90 anos

    Chegamos aos 90 anos. E com uma história que muito nos orgulha, pois em todo esse período, vidreiros e vidreiras de São Paulo sempre puderam contar o Sindicato nos momentos mais difíceis no chão de fábrica.

    Além de sermos um dos sindicatos mais antigos do país, não hesitamos em afirmar que também somos um dos mais atuantes.

    Em 90 anos, completados em 18 de janeiro, vimos empresas sendo criadas e tantas outras serem fechadas. Acompanhamos a chegada da industrialização no setor do vidro, transformando as formas de produção do manual para o tecnológico.

    Ao longo desse tempo, nossos diretores circularam pelo estado para dialogar com o trabalhador e a trabalhadora na porta da fábrica, denunciando situações precárias, condições de exploração, assédios e de riscos à saúde e à segurança. O Sindicato nunca abaixou a cabeça para os patrões. E foi assim que conquistamos uma Convenção Coletiva forte, hoje com 70 cláusulas, e que é atualizada a cada ano. Também construímos importantes patrimônios, como a sede própria, subsedes, a Colônia de Férias e o Sítio dos Vidreiros.

    Desde 1933, esta entidade compreende a importância da unidade na luta e, ao lado de outras categorias, participamos de greves nacionais, atos e mobilizações. Estivemos na briga pela criação da CLT (Carteira de Trabalho), jornada de trabalho, salário mínimo, 13º, licença-maternidade e muitos outros direitos. Fundamos o Dieese, importante instrumento de dados e informações, a CUT, a Central Única dos Trabalhadores, uma das mais poderosas centrais sindicais do mundo, e a Confederação do Ramo Químico, a CNQ.

    Participamos dos principais momentos da história do Brasil e do mundo, lutando contra a ditadura militar, cobrando eleições livres para presidente e celebrando a chegada de um operário – Lula – ao poder. Denunciamos o golpe contra Dilma, os ataques aos direitos promovidos por Temer e resistimos ao desastre que foi o governo Bolsonaro, com pandemia fora de controle e a volta da fome. Passamos por guerras e todos os tipos de crises políticas e econômicas. Mas agora, neste 2023, revivemos a esperança de um novo país, com respeito à democracia, aos direitos e a busca pela redução das desigualdades.

    Chegamos aos 90 anos revigorados - com a disposição de quem está começando e a maturidade adquirida durante toda essa trajetória. Chegamos aqui com limitações e ataques ao movimento sindical. Mas chegamos vivos e fortes para defender a classe trabalhadora a qualquer momento.

    Comemoremos juntos, juntas e juntes essa história.

    Viva o Sindicato dos Vidreiros e das Vidreiras no Estado de São Paulo!