CNQ-CUT

  • "Uma química de resistência, lutas e conquistas” é o slogan da celebração, que acontece em momento decisivo para a classe trabalhadora e para o Brasil

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    Foi dada a largada para as comemorações pelas três décadas de fundação e atividades da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT)!

    Apesar da conjuntura difícil dos últimos anos, o momento pede o resgate da história da entidade – forjada pela luta em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores do Ramo, mas comprometida também com as pautas coletivas em prol do desenvolvimento social, econômico e ambiental, da macropolítica com projetos para o fortalecimento da indústria e, sobretudo, da soberania nacional.

    A resistência tem sido a tônica da atuação desde a ascensão ao poder de grupos que atentam contra esses valores.

    A celebração das conquistas históricas e das mais recentes, que não deixaram de ocorrer pontualmente mesmo no contexto desfavorável, serve, por outro lado, para nos motivar e nos fortalecer para o momento decisivo que se apresenta e terá seu clímax nas eleições presidenciais de 2022.

    Por essas razões, o slogan escolhido para marcar a comemoração pelos 30 anos da CNQ é: “Uma química de resistência, lutas e conquistas”; da qual fazem parte 4 federações e 83 sindicatos filiados.

    “Nossos 30 anos coincidem com o início da reconstrução do Brasil. Precisamos lembrar quem somos e tudo o que fizemos para nos empoderarmos das lutas que deverão ser travadas, para que a classe trabalhadora esteja no centro deste novo momento que estamos construindo. O movimento sindical terá papel decisivo e a responsabilidade de uma das mais relevantes confederações cutistas é enorme. Vamos comemorar nossa história, de olho no futuro”, assegura o presidente da CNQ, Geralcino Texeira.

    Contagem regressiva

    A CNQ foi oficialmente fundada em 24 de julho de 1992. Antes disso, a categoria se organizava por meio do Departamento Nacional dos Químicos da CUT.

    A partir desta sexta-feira, faltando 30 dias para os 30 anos da organização da Confederação, a entidade dá início às ações para celebrar o marco.

    Memória

    Já neste sábado os canais da Confederação nas redes sociais darão início a publicação de uma série de vídeos que resgatam a memória de companheiras e companheiros que construíram e constroem sua história.

    “Vão participar figuras históricas, compartilhando momentos e passagens de suas vidas que se confundem com a trajetória da nossa entidade”, explica Geralcino.

    Reunião Presencial e Publicação Comemorativa

    Depois de quase três anos, dirigentes da entidade voltarão a se encontrar presencialmente em Reunião da Direção Nacional em comemoração aos 30 anos da CNQ.

    O encontro acontecerá entre os dias 27 e 29 de julho, em Guarulhos (SP), e marcará também o lançamento da Publicação Comemorativa pelas 3 décadas de “resistência, lutas e conquistas”.

    “Será um material muito rico, que está sendo preparado com muito cuidado e que vai ficar disponível em versão digital para companheiras e companheiros do Ramo e do movimento sindical Brasil afora”, adianta Geralcino.

    Notícia publicada no site da CNQ-CUT

  • Medida Provisória de Bolsonaro desarticula indústria química no Brasil e pode resultar na perda de até 85 mil empregos no Ramo

    Reprodução CNQ

    No dia 31 de dezembro de 2021, o governo Bolsonaro editou a Medida Provisória (MP 1095) que extingue o Regime Especial da Indústria Química (REIQ).
     
    A MP revoga a tributação especial do PIS/Cofins relativos à nafta e a outros produtos destinados a centrais petroquímicas. A medida faz parte de um plano consecutivo de ataques a indústria química brasileira, que passa por grandes dificuldades. 
     
    Segundo o indicador de Importações/Consumo Nacional Aparente (CAN), elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias Químicas (ABIQUIM), o País importa cerca de 50% dos químicos consumidos internamente, ao passo que, em 1990, o indicador era de menos de 10%.
     
    A desindustrialização avança no Brasil. Hoje, o valor da transformação industrial somado ao PIB foi de 10%, segundo dados do IBGE. Trata-se do menor valor histórico desde 1996.
     
    A perda da indústria no contexto brasileiro agrava a deterioração do mercado de trabalho. Sem oportunidades na indústria, os brasileiros estão sendo direcionados aos postos de trabalho no setor de serviços, de baixa remuneração e com contratos precários.
     
    Não bastasse isso, a incapacidade de produção doméstica na área da saúde em meio à pandemia evidenciou como somos reféns de economias estrangeiras para poder garantir a assistência mínima aos brasileiros. No início, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) estiveram em falta e, em pouco tempo, faltaram respiradores, oxigênio, medicamentos e vacinas ao povo. O projeto de desindustrialização do complexo econômico da saúde é, neste sentido, parte do genocídio do povo brasileiro.
     
    A indústria não é um setor qualquer da economia. É o pilar central do desenvolvimento de um país, articulando tecnologia à soberania produtiva e empregos com melhor remuneração.
     
    O fim do REIQ, por meio da MP 1.095, poderá incorrer na demissão de até 85 mil trabalhadores vinculados à indústria química nacional, agravando o desemprego. Além disso, é projetada queda de arrecadação na ordem de 11 bilhões de reais, com a diminuição da competitividade decorrente do aumento tributário.
     
    Ressaltamos também que as desonerações fiscais, sem contrapartidas de investimentos produtivos voltados à superação dos paradigmas tecnológicos, só enriquecem os patrões e não contribuem para o desenvolvimento industrial. Falta planejamento econômico federal para consolidar uma indústria competitiva que sirva aos interesses de seu povo.
     
    O governo federal deveria estar empenhado na elaboração de projetos industriais para o desenvolvimento da nação, fortalecendo o diálogo com o movimento sindical para atingir a prosperidade comum.
     
    A FETQUIM e a CNQ estarão sempre dispostas ao diálogo construtivo de políticas setoriais que contribuam para superação da desindustrialização, desemprego e fome.
     
     
    Confederação Nacional do Ramo Químico
    CNQ-CUT
     
    Federação dos/as Trabalhadores/as do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo
    FETQUIM