inflação dos alimentos

  • Pesquisa ampliada que acompanha preços de 39 produtos essenciais de alimentação, limpeza e higiene pessoal, revela alta de 2,07% no valor da cesta básica do paulistano, no mês de junho

    ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

    O paulistano pagou 2,07% a mais em junho na comparação com o mês de maio, no valor da cesta básica que contem 39 produtos essenciais de alimentação, limpeza e higiene pessoal. Com esse reajuste o valor da cesta chegou a R$ 1.251,44– um aumento de R$ 25,32 em relação ao mês anterior. Na comparação com o salário mínimo, a cesta paulistana está R$ 39,44 acima do valor do piso nacional (R$ 1.212,00).

    O resultado está no levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quarta-feira (13).

    Todos os grupos apresentaram alta: Higiene Pessoal, 5,30%; Limpeza, 2,28% e Alimentação, 1,78%. Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 28 apresentaram alta, dez diminuíram de preço e um permaneceu estável.

    Produtos que mais subiram

    Margarina (250g) 10,95%;

    Farinha de mandioca torrada (500g) 10,11%;

    Leite UHT (litro) 9,90%;

    Sabonete (unidade 90g) 7,83% e,

    Presunto fatiado (kg) 7,82%.

    Produtos com maiores quedas

    Batata (kg) -11,79%

    Cebola (kg) -8,17%

    Ovos brancos (dúzia) -3,00%

    Amaciante (2 litros) -2,05%

    Açúcar refinado (5 kg) -2,01%

    Variação anual

    A pesquisa realizada regularmente pelo Procon-SP e Dieese aponta ainda que de junho de 2021 para junho de 2022 o aumento foi de 18,05% - acima dos 11,89%, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) O valor da cesta básica era de R$ 1.060,10 e passou para R$ 1.251,44 – uma diferença para cima de R$ 191,34.

    No ano, os três produtos que apresentaram maior alta foram: café em pó (500g), 88,01%; batata (kg), 82,68% e cebola (kg), 66,13%.

    Motivos dos aumentos

    Segundo o Procon-SP, as condições climáticas, questões sazonais, excesso ou escassez de oferta ou demanda pelos produtos, preços das commodities, variações cambiais, formação de estoques, desonerações de tributos, entre outros, foram determinantes para o aumento do valor da cesta básica. Acompanhe a análise mais detalhada dos diferentes comportamentos de preço aqui. 

    Diferença de metodologia da pesquisa da cesta do Dieese

    A tradicional pesquisa nacional do Dieese sobre os preços da cesta básica em 17 capitais, acompanha os preços de 13 produtos básicos, tendo inclusive produtos diferentes na composição da cesta de acordo com o hábito alimentar da região, como no caso do Nordeste, em que a farinha entra no cálculo. A pesquisa Dieese está definida no Decreto Lei nº 399/1938.

    Texto de CUT Brasil