plano de saúde

  • Empresa mudou plano médico dos vidreiros para reduzir custos, enquanto que aluga espaço caro na Barra Funda

    Sem título

    O Sindicato dos Vidreiros do Estado de São Paulo tem recebido diversas denúncias dos trabalhadores da Owens-Illinois (antiga Cisper) sobre as dificuldades de conseguir atendimento médico com o plano de saúde oferecido pela empresa.

    Com o aumento dos casos de gripe e contágio da variante ômicron no estado de São Paulo, o único hospital de referência que pode ser usado pela categoria não está dando conta da demanda de atendimento.

    Há cerca de três anos, a Owens-Illinois alterou o plano de saúde dos trabalhadores, passando para uma categoria inferior, reduzindo a rede assistencial e limitando as opções de consulta e atendimento presencial. Para casos de emergência, os vidreiros só podem se dirigir ao Hospital Nipo Brasileiro, localizado no Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo. Nos últimos dias, todos que se dirigiram ao local estão enfrentando filas imensas.

    O Sindicato entende a situação do momento e sabe que a lotação ocorre em diversos hospitais, entretanto acredita que se o plano ofertasse outras opções de locais para o atendimento, possibilitando a distribuição dos trabalhadores, a sobrecarga seria menor. Além disso, é desumano fazer com que um trabalhador de uma região no extremo da zona leste tenha que atravessar a cidade para buscar emergência.

    Na semana passada, um dirigente do Sindicato esteve no referido hospital e presenciou a dificuldade de atendimento. “Havia muitas pessoas com sintomas gripais pela rua, pela calçada, tentando passar pelo setor de triagem. Só após isso, é que aguardaria pelo atendimento. É importante pontuar que o problema não é do hospital ou das equipes de saúde, que estão sobrecarregados, mas da empresa que oferece somente um local para que sejamos atendidos”, disse.

    Para que o plano de saúde fosse rebaixado, a Owens-Illinois, uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens de vidro, afirmou que estava reduzindo os custos. No entanto, a empresa alugou um novo espaço na Barra Funda, na zona oeste, e que figura entre os bairros com um dos maiores preços de locação por metro quadrado na cidade. O local abriga o escritório utilizado por diretores da empresa. Informações de bastidores apontam que, entre as mordomias do espaço, há sala para jogos recreativos, com games de última geração e outros atrativos, para serem utilizados pelos patrões.

  • Os planos de saúde brasileiros perderam 164,4 mil clientes em setembro, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess).

  • Wheaton foto

    O plano de saúde precário, refeição de péssima qualidade e assédio moral virou prática cotidiana. Nas reuniões mensais entre a diretoria do Sindicato e a chefia da Wheaton, esses pontos se tornaram temas repetidos. E se depender da empresa, nada será resolvido.

    O convênio médico entrou em estado de calamidade. Com o descredenciamento de hospitais da rede conveniada, a saúde dos trabalhadores, trabalhadoras e seus dependentes estão em risco. No caso mais recente, uma funcionária estava com a cirurgia agendada pelo médico e com todo o pré-operatório autorizado. Mas no dia de fazer a cirurgia, o procedimento não tinha mais autorização e não constava mais nada no “sistema”.

    Mesmo doente, a funcionária foi até a empresa para trabalhar e procurar entender o que tinha ocorrido, quando soube que foi demitida com o aval da médica do trabalho que agiu contra a saúde e a integridade física da trabalhadora. Essa situação não ficará impune e está sendo denunciada aos órgãos competentes.

    Já a refeição é outro grande problema na Wheaton. Todos os meses, logo após a reunião com o Sindicato, a empresa tenta tapear alterando o cardápio. Mas logo volta com a mesma refeição de todos os dias, de péssima qualidade. No contrato com a empresa que faz a comida, a ordem é servir comida de segunda ou terceira para o chão de fábrica. Para o turno da noite, é pior ainda! Já para os que ganham mais, existe a opção gourmet – algo discriminatório feito na frente de todos.

    Em relação aos casos de assédio moral, a situação só piora. Agora é denúncia todo dia! Mas não basta só se indignar. Isso só irá mudar com a paralisação dos trabalhadores e das trabalhadoras. Por todos esses descasos, e muitos outros, convocamos você para, juntos, dar um basta nessa situação desumana dentro da fábrica. Participe da assembleia na porta da Wheaton Brasil.

    CHEGA DESSA FALTA DE RESPEITO!