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Unimed Caçapava faz aumento abusivo do plano de saúde dos aposentados e Pilkington fecha os olhos

Imagina dar o sangue ao longo de sua vida para ajudar uma empresa a crescer e ter sucesso no segmento. Por ter participado dessa construção, você tem o direito de seguir como beneficiário do plano de saúde ao se aposentar, pagando um valor que na teoria cabe no bolso.

Mas na Pilkington não é assim. Os trabalhadores e trabalhadoras inseridos no plano de saúde vitalício da Unimed Caçapava tiveram um susto quando receberam o último boleto de pagamento: um reajuste de quase 40% no valor. Algo impossível de se pagar dada a realidade de um aposentado neste país.

Nesta sexta, 16 de junho, o Sindicato fez manifestação em frente à fábrica em apoio aos aposentados e para pressionar a Pilkington a fazer algum tipo de intervenção. A ação, que também foi para a porta da Unimed local, teve apoio da subsede da CUT no Vale do Paraíba, do Sindicato da Construção Civil de São José dos Campos e Litoral Norte e do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região.

As cobranças feitas pela Unimed não seguem o que determina a lei 9.656, de 1998: é preciso manter as mesmas condições de reajuste, preço, faixa etária e fator moderador de antes da aposentadoria.

A Pilkington, que tem a responsabilidade do plano vitalício dos aposentados, se omite da situação, joga a culpa na Unimed e coloca a vida dos aposentados em risco, uma vez que a maioria não possui condições de pagar o novo valor e podem ter seus planos cancelados.

Confira abaixo uma mensagem de socorro feita pelos aposentados e aposentadas:

CARTA ABERTA

Caros companheiros e caras companheiras,

Nós, trabalhadores aposentados da Pilkington, que tanto ajudamos na construção da hegemonia da empresa no seu seguimento, estamos abandonados à própria sorte com relação ao convênio médico vitalício.

A Unimed Caçapava, operadora do plano, reajustou o valor dos convênios médicos dos trabalhadores inativos em quase 40% na calada da noite. Isso foi feito de forma covarde e com o claro objetivo de fazer com que os trabalhadores inativos não consigam manter os pagamentos e cancelem o convênio médico. A Pilkington não fez nenhum esforço ou intervenção nesse caso, fechando os olhos para a situação.

Muitos de nós nos aposentamos com doenças ocupacionais causadas pelo trabalho na empresa, com situações nocivas à saúde. E vocês, que estão hoje na ativa, correm o mesmo risco. E certamente conhecem alguém que já sofre de lesões causadas pelo esforço repetitivo e excesso de trabalho.

E se hoje você está no convênio médico com regime de coparticipação, saiba que não terá direito ao convênio vitalício quando se aposentar, pois de acordo com a lei 9.656, de 1998, esse direito só será assegurado para quem contribui com o convênio médico regular.

Ou seja, a Pilkington ludibriou os trabalhadores ocultando informações para colocá-los na mudança do convênio médico ao alegar que só pagariam quando usassem. Só não alertou que, no futuro, não teriam direito ao vitalício ao se aposentarem.

No entanto, alguns foram privilegiados: diretores e gerentes não mudaram o convênio para o regime com coparticipação porque eles foram avisados dos prejuízos futuros e porque esse formato não está na Convenção Coletiva de Trabalho.

A Pilkington se omite e se recusa a receber uma comissão de trabalhadores aposentados para discutir o assunto.

Isso é um verdadeiro descaso e desrespeito aos que deram o sangue pela empresa.

Aposentados Pilkington

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