Parte dos encarregados e líderes se acham capitães do mato e vivem chicoteando trabalhadores
É absurdo que, mesmo após inúmeras denúncias e reuniões junto à direção da Pilkington, os casos de assédio moral não param de acontecer dentro da empresa. E são situações cada vez piores.
Sem nenhuma mudança, o Sindicato entende que só tem uma saída: a realização de protestos e paralisações é que darão fim ao assédio e colocarão os encarregados em seus devidos lugares.
Nos casos recentes, houve uma comemoração do Dia da Consciência Negra, neste mês, mas boa parte dos que foram convidados são os que fazem parte da panelinha, deixando muita gente de fora. E isso gerou revolta entre os demais trabalhadores e trabalhadoras.
Outra situação pavorosa foi o cartaz que colocaram na área de fumante alertando para que não joguem bitucas de cigarro no chão. No informativo, os trabalhadores fumantes são ofendidos e chamados de “porcos”.
Sem contar o supervisor “Bomba”, que ameaça jogar as coisas dos funcionários no lixo ou vive dizendo que irá tirar as férias de alguns. Além dele, tem o “Queixada” e o “Talco de Chulé”. Mas também tem os peões que pensam ser chefes e gostam de prejudicar os demais. Um, inclusive, pensa que é o Zezé Di Camargo. Tem que acordar!
Nos dias de intenso calor, a decisão de impedir a entrada de carros de trabalhadores mostrou-se perversa: após horas de trabalho, muitos tiveram de andar bastante até a portaria onde deixaram o carro, enquanto que a chefia, que desfrutava do ar condicionado, puderam pegar o carro dentro da empresa.
Há, ainda, os que trabalharam por horas sem pausa para se alimentar, principalmente os que ficam até a madrugada. O chão da fábrica pede socorro!
O Sindicato já fez diversas reuniões e nada muda. Portanto, somente protesto é que mostrará a força da categoria. Chega de capitães do mato querendo chicotear os trabalhadores e trabalhadoras.
Essa paralisação só não acontece de imediato porque a diretoria do Sindicato está em negociação do Acordo Coletivo. Mas assim que a campanha salarial for fechada, estaremos na porta da fábrica.
