No canal de denúncias Hotline, da Owens Illinois SP, parece uma lenda. Você encaminha a sua queixa na esperança de que algo seja resolvido, mas nenhum retorno é feito. Nada muda.
Diante dessa falta de resposta e de inúmeras reclamações dos trabalhadores e trabalhadoras, o Sindicato dos Vidreiros vem dizer que entrará de vez nessa briga para que atitudes e mudanças sejam feitas de verdade.
O Sindicato ouviu as denúncias dos trabalhadores e trabalhadoras do chão de fábrica com muita atenção e pôde constatar que pode estar havendo um favorecimento e corporativismo por parte da empresa para se apurar, de fato, as reclamações.
O Sindicato também reforça que, mesmo com esse descaso, é preciso continuar a fazer as denúncias, seja pelas condições de trabalho ou contra qualquer pessoa, mas sugere algo diferente: repassar cópia do protocolo da denúncia ao seu dirigente sindical, que será responsável por acompanhar e cobrar as resoluções. E, caso as medidas cabíveis não sejam tomadas, o Sindicato acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT), que poderá usar os protocolos como prova.
É importante e fundamental que o trabalhador ou a trabalhadora não tenha medo de repassar a denúncia ao Sindicato, pois ela se manterá anônima. E nessa situação, o Sindicato é a entidade na qual você pode confiar e que lutará ao seu lado, fazendo valer a voz dos que sofrem calados.
São muitos os casos de assédio moral, sexual e outros tipos de abusos dentro da fábrica. É preciso dar um basta nessas situações inadmissíveis em pleno ano de 2024. Não são todos os gestores, mas alguns precisam urgentemente aprender a tratar os trabalhadores com respeito e dignidade e não com humilhações, como andam fazendo o Bico de Pato, Sonso, Big Boss, etc… O recado está dado!
Sobre as embalagens de refrigerante
Em março, o Sindicato cobrou a Owens Illinois SP para que não houvesse punição aos trabalhadores e trabalhadoras envolvidos na produção do lote de embalagens de refrigerante com defeito. Houve grande revolta, pois os verdadeiros responsáveis foram poupados, enquanto que no chão de fábrica houve até demissão.
O Sindicato se reuniu com a empresa, que se manteve na defensiva e protegeu o alto-escalão dizendo que não iria punir os verdadeiros culpados. Uma grande injustiça que só mostra a necessidade de estarmos unidos na luta.
JUNTOS E JUNTAS SOMOS MAIS FORTES!
