Mais de 50 trabalhadores vidreiros da Cristaleria Mundial, em Ferraz de Vasconcelos (SP), estão impedidos de trabalhar desde que a empresa encerrou a linha de produção no dia 28 de junho, atrasando pagamentos. Com as portas da fábrica fechadas, há o temor de demissão em massa, mas até o momento a empresa não deu explicações nem o aviso prévio para dar baixa nas carteiras de trabalho.
O motivo da paralisação estaria ligado à quebra do forno principal, utilizado para aquecer a matéria prima de fabricação do vidro – a empresa, criada em 1992, é uma das que ainda produzem o material de forma manual, tendo entre as funções o soprador, prensista e cortador. A quebra do equipamento ocorreu em dezembro do ano passado e, desde então, a produção foi sendo reduzida, mas com a promessa de conserto do forno, o que não aconteceu.
A direção do Sindicato dos Vidreiros acompanha toda a situação oferecendo apoio jurídico e suporte aos trabalhadores. Nesta terça-feira, 23, houve assembleia da categoria na porta da empresa e, em seguida, os trabalhadores seguiram para a sede do Sindicato, no centro de São Paulo, para discutir estratégias de luta.
O Sindicato também segue em tratativas com os donos da Cristaleria Mundial para buscar as melhores alternativas neste momento, além de cobrar os pagamentos atrasados.
