Uma explosão no setor de tintas da espelhação da Cebrace, em Caçapava, reacendeu uma importante discussão: todos os trabalhadores que atuam no setor devem receber por periculosidade, já que todos eles estão expostos a situações de perigo como a que aconteceu no dia 26 de agosto. Atualmente, somente os operadores de tintas é que recebem insalubridade.
A situação piora ao saber que a empresa corre contra o tempo para que o setor volte a operar normalmente, sem uma investigação completa sobre o que teria causado o acidente e sem garantias de segurança para que não volte a acontecer.
Outro caso perigoso nesta semana foi em relação ao içamento de peças gigantes. Até mesmo a gerência da empresa estava insegura sobre a ação e o operador responsável quase bateu em um painel energizado. Ao ser questionado, o diretor industrial apenas disse saber o que estava fazendo, sem nem mesmo tentar tranquilizar todos que estavam no local.
O Sindicato dos Vidreiros cobra mudanças urgentes, de forma que se assegure a vida e as condições de trabalho, além da inclusão de todos os trabalhadores do setor de espelhação para que recebam o adicional de periculosidade como forma de compensação à exposição perigosa do local. Caso não tenha diálogo, a Cebrace será denunciada no Ministério Público do Trabalho.