Com lucro recorde e planos de expansão, Nadir Figueiredo ignora os trabalhadores

Categoria vidreira precisa lutar ao lado do Sindicato para garantir reposição no vale alimentação, no Programa de Participação de Resultados e outros direitos

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Em 2020, a receita da Nadir Figueiredo cresceu 12,7%, para R$ 894 milhões, com lucro líquido de R$ 138,8 milhões. Tal resultado fez com que a empresa decidisse voltar a negociar suas ações na bolsa de valores.

Já em dezembro do ano passado, a empresa comprou a Cristar TableTop, empresa no segmento de vidro de mesa na Colômbia. Tal movimento mostra que a Nadir, que se diz líder na América Latina em produtos de consumo com foco em utilidades domésticas de vidros, quer disputar o mercado de vidros pelo mundo. Atualmente, ela já exporta para mais de 120 países.

Em São Paulo, também foi adquirido um novo terreno para a construção de um novo imóvel que abrigará esse projeto de expansão.

No entanto, toda essa prosperidade não chega aos trabalhadores e as trabalhadoras que fazem a Nadir alcançar esses bons resultados.

Há anos não vemos nenhum tipo de atitude que valorize os que suam as camisas na fábrica. Uma vergonha!

São sete anos sem reajuste no vale-alimentação, mesmo com a inflação subindo a todo momento. O plano de convênio médico atual é triste, pois demora para marcar qualquer tipo de consulta ou exame e achar um local próximo ou de fácil acesso. Sem contar que retornar no mesmo médico é uma missão quase impossível, dificultando o acompanhamento do caso.

O Programa de Participação de Resultados (PPR) não tem aumento significativo, mesmo diante dos lucros da Nadir. É um absurdo, inclusive, que uma comissão interna aprove o valor – em outras empresas do ramo, a negociação pode ser feita pela comissão interna, mas é o Sindicato, a legítima representante da categoria, quem aprova o valor junto aos trabalhadores na porta da fábrica.

A luta dos vidreiros e das vidreiras só traz resultados com a união da categoria. Para isso, é importante fortalecer o Sindicato para que ele tenha igualdade de força junto às empresas.

O trabalhador precisa participar das assembleias realizadas na porta da fábrica e de outras atividades convocadas pelo Sindicato. Só assim haverá força suficiente para brigar por melhorias.

Procure o representante sindical na sua empresa e faça parte do Sindicato dos Vidreiros do Estado de São Paulo. Junt@s, somos mais fortes!