
O Sindicato dos Vidreiros e Vidreiras e a Comissão de Trabalhadores estão há meses tentando negociar o valor de PPR com a Nadir. Foi enviada uma proposta para a direção da empresa, que retornou com uma contraproposta inatingível tirando totalmente a possibilidade de existência do PPR (Programa de Participação nos Resultados).
Na última reunião que era para a direção da empresa recepcionar o contrato de PPR, o diretor de RH teve um comportamento de puro desrespeito, onde fez descaso com a pauta, não a recepcionando integramente e afirmando a todo momento que precisava sair, pois tinha outros assuntos para resolver.
Só que o mais absurdo foi que, quando questionado sobre as metas, ele se descontrolou e apontou o dedo para um dos diretores do Sindicato e o chamou de mentiroso na frente de todos, constrangendo o próprio e toda a comissão.
Essa atitude se configura como prática antissindical – que são ações que visam prejudicar, dificultar ou impedir a organização do Sindicato. E isso é um ato ilegal. Mas o Sindicato não irá se intimidar com isso e seguirá lutando pelos direitos da categoria.
A situação na Nadir, no entanto, tem sido de exploração aos trabalhadores desde que foi parar nas mãos do capital americano: nem a confraternização de final de ano sobrou! São muitos assuntos a serem discutidos em assembleia e sem a sua participação nada irá mudar!
PRESSÃO PSICOLÓGICA
Denúncias que começaram a circular na fábrica apontam que uma onda de demissões pode ocorrer em junho, com a ajuda e o planejamento desse mesmo diretor de RH. O Sindicato espera que isso seja somente boatos, pois conforme a lei, esse tipo de demissão em massa jamais pode ser tomada sem que o Sindicato seja comunicado para abertura de negociações.
Há uma grande insatisfação generalizada de todos os trabalhadores e trabalhadoras na empresa, que vivem sob incertezas, ouvindo que a cesta – vale-alimentação pode acabar e que até o modelo de home-office, que o Sindicato conseguiu, poderá ter fim a partir de setembro, impactando quem mora longe de Suzano, sem contar com os gastos extras que a empresa não irá cobrir.
Fora isso, muitos diretores começaram a espalhar conversas pelos corredores dizendo coisas como o “cenário está ruim”, “que o mercado tá em queda”, “que não tá vendendo”. Isso é puro assédio psicológico, de forma a tentar calar e amedrontar os trabalhadores, além de fazê-los aceitar retirada de benefícios e direitos conquistados.
Um discurso estranho, pois há poucos dias a empresa contratou novos gerentes para cargos com altos salários que nem existiam. Fora o luxuoso escritório mantido na Barra Funda. Que crise é essa?
Vai ter luta!